domingo, 30 de novembro de 2008

Por uma Licenciatura na Dança de Salão

Pesquisa revela que existem percepções confusas e preconceitos em relação à dança de salão.
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Segundo Maristela Zamoner, Mestre em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, cresce no mercado de ensino e, mais recentemente também no universo acadêmico, a popularidade da dança de salão. Partindo deste princípio, a pesquisa discute a instituição de um curso superior de Licenciatura na prática dessa atividade.
Foram entrevistados 86 acadêmicos de cursos das áreas de ciências exatas e humanas da cidade de Curitiba, com o objetivo de verificar percepções e preconceitos em relação à dança de salão de maneira isolada e comparada com outras atividades.
Verificou-se que, mais da metade afirma não haver conexão entre dança de salão e sexo, mas admite que a atividade pode revigorar sexualmente um casamento; muitos entendem que a atividade é compatível com usuários de drogas lícitas; a maioria acha desnecessária a educação formal dos docentes.
Destacando a análise sexual, a maioria dos entrevistados, 67,44%, considera que casais cujo casamento é sexualmente monótono podem revigorar sua atividade sexual praticando dança de salão. Entretanto, 65,12% afirma que não há relação entre dança de salão e sexo. Carlinhos de Jesus, professor e ícone da dança de salão brasileira, considera a dança uma arte da sedução. "Somos sensíveis a gestos de carinho que ficam adormecidos no dia a dia e são despertados por quem pratica a dança de salão, que tem o poder de fazer estes sentimentos aflorarem".
Os resultados do estudo concluem que há dificuldades para o estabelecimento de uma licenciatura na Dança de Salão. Para exemplificar, a Faculdade Metropolitana de Curitiba - FAMEC, é a única instituição brasileira que mantém um curso de caráter formal na área: especialização em "Dança de Salão - Teoria e Técnica". Investigações futuras são propostas para identificar os motivos das percepções verificadas.

Saiba mais aqui: Consulte o artigo na íntegra.

sábado, 29 de novembro de 2008

Dança que conquista

A reportagem publicada em outubro/2008, na revista Vip, da editora Abril, demonstra como a dança de salão pode ser um recurso de conquista, ocasionando namoros e até casamentos.
A habilidade na dança facilita a aproximação com as mulheres na balada. Como já foi dito no post A escolha do seu par, o dançarino é avaliado pela sua parceira e se torna irresistível uma possível atração. Segundo a revista, para a mulherada o talento na pista vale mais que a aparência do sujeito. "Se o cara não for bonito e dançar bem, as mulheres curtem do mesmo jeito", diz a professora de dança Alini Lima, que conheceu os dois últimos namorados no salão.
A matéria de Lívia Lombardo conta ainda com um guia dos melhores ritmos que se deve aprender para aprimorar as técnicas na paquera. Na lista estão descritos o zouk, a salsa, o forró e o samba-rock, indicando o tipo de público e os salões de dança das principais capitais.
Certos homens ainda têm preconceitos machistas em relação à dança e a VIP cita as palavras do professor Gustavo, experiente nas artes da paquera bailante, para contrapor esse pensamento. “Se o homem está aprendendo a cozinhar, que antes também era coisa de mulher, por que não pode aprender a dançar?”
Saiba mais aqui: Leia a reportagem na íntegra.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Chega de Saudade

Continuando a abordar a temática dos bailes de terceira idade, o filme Chega de Saudade, é uma ótima sugestão para entender melhor esse universo.
O título do longa, relaciona-se diretamente à forma como estas festas são vistas pelos não-freqüentadores, como “bailes da saudade”. Os personagens do filme, são inteiramente baseados em figuras reais que os realizadores e pesquisadores encontraram em seu trabalho na construção do drama.
O filme conta, numa única noite, histórias vividas pelos frequentadores de um salão de baile paulistano. A rotina no baile é pré-definida: as pessoas já se conhecem, já dançaram juntas e sabem o que esperar da noite. No entanto, a presença de uma jovem curiosa – Bel (Maria Flor), namorada do DJ (Paulinho Vilhena)– é capaz de acender sentimentos intensos nos personagens principais que, apesar de adormecidos, nunca deixaram de existir.

Saiba mais aqui:
  • Crítica do filme feita por Ronaldo Pelli, no G1, canal de notícias da Globo.
Assista ao trailer do filme:

Fonte:

domingo, 23 de novembro de 2008

Idosos na pista de dança


Na terceira idade, a dança pode ser considerada uma verdadeira terapia. Ela proporciona movimento regular e sem grande esforço, aliado ao convívio saudável com outras pessoas, em ambiente estimulante, repleto de música e alegria.
É sabido que a manutenção da boa forma física e de uma vida social ativa são fundamentais para a saúde e a longevidade do idoso. Contudo, nessa faixa etária, o início de qualquer atividade física requer, antes de mais nada, uma acurada avaliação médica.
Segundo Jussara Vieira Gomes, historiadora, antropóloga, dançarina e pesquisadora de dança de salão, "embora a maioria das pessoas com mais de sessenta anos já tenham dançado e comparecido a bailes no passado, é freqüente que tenham abandonado esta atividade há anos, de forma que, geralmente, buscam fazer aulas de dança para se reciclarem, aprender os passos e figuras dos diversos ritmos que estão na moda e conhecer pessoas com quem dançar e comparecer aos bailes."
A aposentada Maria Helena de Silvio, 53 anos, conta sobre sua experiência na dança de salão. Ela, que nunca havia dançado, nem na juventude, começou há quatro anos, por recomendação médica, pois tinha tendência à depressão. "A dança aumenta a minha auto-estima e me enche de entusiasmo de viver. Ao dançar, o lema é ‘Xô, depressão” Praticar dança de salão, para o idoso, não só representa uma melhor qualidade de vida, como também uma inclusão social. Para aqueles que acham não ter "mais idade" para dançar, devem procurar clubes especializados e descobrir que para dança não há idade. Nos bailes voltados para esse tipo de público dança-se de tudo, do tango ao bolero. É uma opção de juntar lazer ao bem-estar.

Saiba mais aqui: Veja uma reportagem sobre a Dança de Salão na Terceira Idade, no site da Age Mais

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Maxixe - A Dança Proibida

O Maxixe, também conhecido por Tango Brasileiro, é um tipo de dança de salão criada pelos negros. Foi a primeira dança urbana criada no Brasil e surgiu nos forrós da Cidade Nova e nos cabarés da Lapa, Rio de Janeiro, por volta de 1875. Fez sucesso entre o fim do século XIX e o início do século XX.
Dançada a um ritmo rápido, sua coreografia nasceu da vivacidade da polca, os requebros da habanera e do lundu. O resultado foi uma dança sensual e muito desenvolta que acabou sendo até proibida. O que caracteriza a dança é uma coreografia muito peculiar e provocante. Para se dançar maxixe, é necessário ter os pés praticamente plantados no chão - mexe-se pouco com eles - e responder aos apelos enérgicos da música com acentuados requebros de cintura, pernas entrelaçadas e umbigadas.
No início o maxixe era dançado em locais mal-vistos pela sociedade, como as gafieiras da época que eram freqüentadas por homens em busca de diversão com mulheres de classes sociais menos favorecidas. Considerado imoral aos bons costumes da época, devido a forma sensual como seus movimentos eram executados, foi perseguido pela Igreja, pela polícia, pelos educadores e chefes de família. Sua entrada nos salões elegantes das principais capitais brasileiras foi terminantemente proibida até que, em 1914, Nair de Tefé, primeira dama do país, esposa do então presidente Hermes da Fonseca, iria escolher um maxixe, o "Gaúcho" ou "Corta-jaca", de Chiquinha Gonzaga, para ser executado ao violão, nos jardins do Palácio do Catete, para escândalo de todo o país. Mais tarde o maxixe estendeu-se aos clubes carnavalescos e aos palcos dos teatros de revista e enriqueceu-se com grande variedade de passos e figurações, firmando-se como a dança da moda.
A divulgação do dança maxixe foi levada a efeito por um bailarino brasileiro chamado Antônio Lopes de Amorim Diniz, um dentista, que abandonou a profissão e em companhia das bailarinas Maria Lina, Gaby e Arlette Dorgère levou o maxixe para Paris fazendo enorme sucesso. Pela elegância dos seus passos, acabou recebendo o nome de Duque.
O maxixe caiu em desuso, talvez por sua complicada coreografia. Mas deixou como herança o samba, do qual foi precursora.

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sábado, 15 de novembro de 2008

Tango - A Força da Sedução

Na dança de salão há muitos estilos que envolvem sensualidade, como já foi demonstrado aqui: a salsa, a lambada e o zouk. Mas nenhum tem uma força tão grande quanto o tango.
O tango foi desenvolvido na Argentina e no Uruguai no século XIX. A dança resulta da fusão da música européia, africana e gaúcha. Inicialmente o tango era dançado por gente humilde e do povo, já que famílias decentes não se expunham. Esteve associado com bordéis e cabarés, porque só as prostitutas aceitariam esse tipo de dança. Assim, fora desse âmbito, era comum que o tango fosse dançado por um casal de homens.
O tango é dançado normalmente em ronda (linha de dança que se faz no sentido dos ponteiros do relógio), numa posição cerrada, peito com peito, ou face encostada (cara a cara). A coreografia é complexa e tem um apelo dramático, pela enorme capacidade de improvisação no eterno tema do amor. A sutileza, a elegância, a manha e a destreza do "andar de gato" que caracteriza os bons bailarinos de tango realça o entendimento do par, a sua sensualidade e a delicadeza dos seus movimentos. Muitos dos rituais próprios do tango argentino resultam de códigos de conduta, regras de etiqueta e de relacionamento social que foram sendo estabelecidos ao longo do tempo.
Atualmente as aulas de tango são muito procuradas nas academias. Esse tipo de dança exige técnica, mas a beleza dos passos se deve a um estilo próprio de dançar que cada casal desenvolve.

"O Tango é a dança da carne, do desejo, dos corpos entrelaçados. É um diálogo novo, a sedução feita movimento, o ir e o vir, encontro de dois mundos. É um baile exibicionista, freneticamente belo que ronda sem temores o universo do lúdico. O casal de baile roça os seus sapatos entre sensuais carícias enquanto o atónito espectador ocasional, eterno 'voyeur', se fascina e deslumbra com o ardor do tácito romance entre os dançarinos."

Assista ao clipe abaixo com o melhor do Tango Argentino:

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Dança Comigo?

Dança Comigo, o filme que nomeia este blog, é mais um exemplo de como a dança de salão tem estado presente nos cinemas. O enfoque dessa vez é o novo sentido que a dança pode trazer para a vida das pessoas. Muitos estilos da dança de salão são mostrados no filme. Mas assim como em Vem Dançar o destaque é para o tango. O universo das academias de dança também é abordado como usualmente.

Resumo:

Dança Comigo?(2004) é uma refilmagem americana de filme japonês homônimo. Há vários anos o advogado John Clark (Richard Gere), leva uma vida rotineira do trabalho para casa e de casa para o trabalho. Apesar de amar sua mulher, Beverly (Susan Sarandon), e seus filhos, John sente que está faltando algo em sua vida. Por acaso vê na janela de uma academia Paulina (Jennifer Lopez), uma bela professora de dança. Esperando se aproximar dela, John se matricula na academia. No entanto Paulina rapidamente elimina qualquer possibilidade de envolvimento com John, mas isto não o faz deixar de ir à academia, pois ele acha cada vez mais relaxante e divertido dançar. Entretanto John não se sente à vontade para contar para Beverly, que ao ver mudanças no comportamento do marido contrata um detetive, pois suspeita que ele esteja envolvido com alguém.

Assista ao trailer do filme.

Veja o videoclipe da música Sway, trilha sonora do filme. Um clássico da dança de salão adaptado ao ritmo Pop do grupo Pussycat Dolls.





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terça-feira, 11 de novembro de 2008

A Escolha do Seu Par

Trecho de um artigo publicado na Revista Veja da Editora Abril que transmite o valor da dança de salão fazendo um paralelo entre a dança de ontem e de hoje. O enfoque está nas relações entre os casais. O papel do homem e da mulher na dança.
"Na dança de salão o homem tem uma série de obrigações, como cuidar da mulher, planejar o rumo, variar os passos, segurar com firmeza e orientar delicadamente o corpo de uma mulher. Homens levam três vezes mais tempo para aprender a dançar do que mulheres. Não que eles sejam menos inteligentes, mas porque têm muito mais funções a executar. Essa sobrecarga em cima do homem permite à mulher avaliar rapidamente a inteligência do seu par, a sua capacidade de planejamento, a sua reação em situações de stress.
Uma mulher precisa de muito mais informações do que um homem para se apaixonar, e a dança permitia a ela avaliar o homem na delicadeza do trato, na firmeza da condução, no carinho do toque, no companheirismo e no significado que ele dava ao seu par. Ela podia analisar como o homem lidava com o fracasso, quando inadvertidamente dava uma pisada no seu pé.
Essa convenção social de antigamente permitia ao sexo feminino avaliar numa única noite vinte rapazes entre os 500 presentes num grande baile. As mulheres faziam um verdadeiro teste psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes psicológicos revelam.
Infelizmente, perdemos esse costume porque se começou a considerar a dança de salão uma submissão da mulher ao poder do homem, porque era o homem quem convidava e conduzia a mulher.
Criaram o disco dancing, em que homem e mulher dançam separados, o homem não mais conduz nem sequer toca no corpo da mulher. O som é tão elevado que nem dá para conversar, os usuais 130 decibéis nem permitem algum tipo de interação entre os sexos.
(...)Grandes dançarinos são grandes amantes, e não é por coincidência que mulheres adoram homens que realmente sabem dançar e se apaixonam facilmente por eles. (...) Se você for mãe de um filho, ajude a reintroduzir a dança de salão nos clubes, nas festas e nas igrejas, para que homens aprendam a lidar com carinho com o corpo de uma mulher.
Se você for mãe de uma filha, devolva a ela a oportunidade que seus pais lhe deram, em vez de deixar sua filha surda, casada com um brutamontes, confuso e insensível idiota."

Edição 1877, 27 de outubro de 2004. Por Stephen Kanitz.

Leia a matéria completa no site da Veja on-line

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dançarte : Companhia de Dança Baiana

A Dançarte Companhia de Dança de Salão do Estado da Bahia, foi premiada em primeiro lugar na categoria de melhor academia de Salvador, e terceiro lugar como o melhor professor de Salvador, Ilmar Barreto.

"Mais do que simples forma de entretenimento, a dança é entendida como manifestação artística que se transforma. Por esse motivo, os participantes da Companhia de Dança de Salão do Estado da Bahia preocupam-se em investir na experimentação e na incorporação de inovações ao trabalho desenvolvido."

A Companhia oferece a possibilidade de exercitar diferentes ritmos, como: Samba, Bolero, Tango e Valsa. No site é possível encontrar mais informações e solicitar a matrícula on-line.


Endereço: Rua do Salete, 388 - Barris, Salvador/Bahia

Tel. : (71) 9156 - 8942

Mais informações no site: www.dancarte.com.br

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Etiqueta na Dança de Salão

A Dança de Salão é conhecida em grande parte do mundo por Dança Social. E como o nome diz, fica claro que há certos limites, que quando desrespeitados, fere as regras de qualquer modelo de bom comportamento.
As regras de hoje obviamente não são as mesmas de tempos atrás, mas respeito e educação nunca saem de moda. O convite não é mais exclusividade dos Cavalheiros e tanto pode como deve ser feito também pelas Damas. Alguns itens básicos es tão listados abaixo:
  1. Os dançarinos devem atender a sua necessidade conciliada com a dos outros. Se a forma de locomoção de um casal não for bem apurada, pode dificultar o fluxo e provocar acidentes.
  2. Ao dançar com alguém é preciso lembrar que qualquer atitude vai atingir seu par diretamente, por isso se deve pensar o tempo inteiro nos limites e no bem estar da pessoa com quem se está dançando.
  3. Respeite os limites de cada um e faça os passos comuns aos dois, mesmo sendo mais básicos, com prazer e da melhor forma possível. A sua forma de dançar pode inibir aqueles que não conhecem muito bem esse estilo de dança.
  4. Cantadas, piadinhas ou agarrões não devem acontecer em hipótese alguma durante uma dança.
  5. Nunca culpe seu par por erros. Sorria, peça desculpas e siga em frente. Não é necessário ficar falando sobre o porque e se justificar.
  6. Para as Damas é importante que se deixem acompanhar. Não tenham pressa para se afastar.
  7. Nunca esqueça de agradecer o prazer pela dança.

A dança é uma atividade extremamente prazerosa, então quando for dançar deixe do lado de fora seus problemas, a “cara feia”, o mau humor. Por ser dançada a dois, a Dança de Salão exige confiança e cumplicidade com o parceiro. Divirta-se e dance, dance muito, mas sempre respeitando as outras pessoas.

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Zouk, o filho da lambada

O zouk nasceu nas ilhas caribenhas de colonização francesa, mais frequentemente praticado nas ilhas de Guadalupe, Martinica e San Francisco. É um termo da língua kreole (mistura do francês com línguas africanas) que significa festa. Porém, nos seus lugares de origem existe uma forma de se dançar diferente da que se dança no Brasil.
Aproveitamos esse novo estilo musical para por em prática nossa velha conhecida lambada, que como foi dito no post anterior, entrou em decadência há alguns anos como música, porém nunca morreu como estilo de dança. Tanto que por algum tempo, quando a moda de dançar lambada estava em seu auge, o zouk era chamado de lambada francesa.
Dançamos o zouk como se dançava lambada, só que de forma mais lenta e sensual, mas os passos e movimentos são basicamente os mesmos. Uma característica básica da dança são as jogadas de cabeça e movimentos contínuos, que resultam em um passeio em liberdade melódica, com respiração nas pausas. É claro que como qualquer dança, os passos estão em constante evolução, sofrendo influências de outros ritmos, o que traz algumas diferenças entre a lambada-zouk de hoje e a lambada de antes.
A sensualidade do ritmo desperta o interesse dos jovens e torna o Zouk um dos estilos mais atraentes da dança de salão. Sua musicalidade enseja o romantismo, fortalecendo um dos mais gratificantes prazeres da vida, que é dançar. Assista o video abaixo e se entregue também a esse ritmo envolvente.


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domingo, 2 de novembro de 2008

Dançando Lambada!

Surgido no Pará na década de 70, a lambada é um ritmo eminentemente brasileiro resultante da fusão de ritmos já existentes no Brasil como o forró, na região Nordeste e o carimbó, da região Amazônica, e outros ritmos da América Latina como: a Cumbia e o Merengue. Diversos relatos de paraenses contam que uma emissora local chamava de "Lambadas" as músicas mais vibrantes. O uso transformou o adjetivo em nome próprio, batizando o ritmo.
A dança teve sua origem a partir de uma mudança do carimbó que passou a ser dançado por duplas abraçadas ao invés de duplas soltas. Assim como o forró, a lambada tem na polca sua referência principal para o passo básico, somando-se o balão apagado, o pião e outras figuras do maxixe.
A Lambada chegou e se desenvolveu em Porto Seguro. Inicialmente era dançada durante o dia e a noite nas areias das praias, em frente às barracas, passando mais tarde para os salões. De Porto Seguro foi para São Paulo, onde virou febre na cidade, mas teve a sua consagração nacional após o grande sucesso, na França, do grupo Kaoma, em 1989, com a música "Chorando se Foi".
Assista ao clipe da música:
O sucesso da lambada aqui e no exterior explode e em pouco tempo o ritmo está presente em filmes e praticamente todos os programas de auditório aparecendo até em novelas. É a hora dos grandes concursos e shows. A necessidade do espetáculo faz com que os dançarinos criem coreografias cada vez mais ousadas, com giros e acrobacias.
Depois de algum tempo o ritmo entrou em crise e a lambada foi perdendo espaço nos salões de dança. No entanto, o uso de músicas que tivessem a batida característica da lambada continuaram a ser tocadas. Assim novos estilos de dança apareceram influenciados pelo ritmo. O mais famoso de todos é o Zouk.
A lambada tem a sensualidade e o vigor necessários para encantar o mundo. Sua difusão nos deixou grandes legados. Boa parte dos talentos da dança de salão de hoje surgiram a partir da lambada. Foi esse ritmo que levou os jovens a conhcecer a dança de salão. E a visibilidade internacional conquistada - a lambada é a nossa dança de par mais conhecida no exterior (mais até que o samba), mas principalmente o resgate do direito de dançar abraçado, perdido a décadas.
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