Pesquisa revela que existem percepções confusas e preconceitos em relação à dança de salão.
_
Segundo Maristela Zamoner, Mestre em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, cresce no mercado de ensino e, mais recentemente também no universo acadêmico, a popularidade da dança de salão. Partindo deste princípio, a pesquisa discute a instituição de um curso superior de Licenciatura na prática dessa atividade.
Foram entrevistados 86 acadêmicos de cursos das áreas de ciências exatas e humanas da cidade de Curitiba, com o objetivo de verificar percepções e preconceitos em relação à dança de salão de maneira isolada e comparada com outras atividades.
Verificou-se que, mais da metade afirma não haver conexão entre dança de salão e sexo, mas admite que a atividade pode revigorar sexualmente um casamento; muitos entendem que a atividade é compatível com usuários de drogas lícitas; a maioria acha desnecessária a educação formal dos docentes.
Destacando a análise sexual, a maioria dos entrevistados, 67,44%, considera que casais cujo casamento é sexualmente monótono podem revigorar sua atividade sexual praticando dança de salão. Entretanto, 65,12% afirma que não há relação entre dança de salão e sexo. Carlinhos de Jesus, professor e ícone da dança de salão brasileira, considera a dança uma arte da sedução. "Somos sensíveis a gestos de carinho que ficam adormecidos no dia a dia e são despertados por quem pratica a dança de salão, que tem o poder de fazer estes sentimentos aflorarem".
Os resultados do estudo concluem que há dificuldades para o estabelecimento de uma licenciatura na Dança de Salão. Para exemplificar, a Faculdade Metropolitana de Curitiba - FAMEC, é a única instituição brasileira que mantém um curso de caráter formal na área: especialização em "Dança de Salão - Teoria e Técnica". Investigações futuras são propostas para identificar os motivos das percepções verificadas.
Saiba mais aqui: Consulte o artigo na íntegra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário